Com certeza, você já ouviu um ditado popular que diz: “Política, futebol e religião não se discutem”.
Nossos tempos mudaram, me parece que os assuntos proibidos tornaram-se objetos de grandes e acaloradas discussões.
Existe uma tendência em ressignificar expressões linguísticas que refletem no cotidiano da vida comum.
Talvez um dos termos mais debatidos e com múltiplas interpretações seja a religião. Para uns ela deveria acabar, para outros ela é vital para a sobrevivência humana.
Mas afinal o que é religião?
Segundo o dicionário, religião é:
Reunião dos princípios, crenças e ou rituais particulares a um grupo social, determinado de acordo com certos parâmetros, concebidos a partir do pensamento de uma divindade e de sua relação com o indivíduo; fé, culto
Através desta definição, conseguimos perceber a causa maior é o sentimento de pertencimento e aceitação. Ou seja, deve existir uma crença em comum.
Religião é formada por pessoas que possuem um objetivo em comum, seja religioso ou não. Um movimento político pode ter um caráter religioso aos seus participantes. Eles tem um credo e um objetivo comum e também uma “divindade” para ser venerada.
Aversão à religião
O progressismo e ateísmo cultural implanta, de modo sútil, em nossas mentes a ideia que “religião não é necessária”.
Porém, ela é basilar para a construção de uma sociedade, desde os tempos imemoriais da história a religião esteve presente.
Podemos observar, os 10 mandamentos descritos no livro de Êxodo no Antigo Testamento como uma forma de conduta moral/ética e espiritual, para um povo, que não possuia instrução e era tomado através do instinto de sobrevivência.
Uma sociedade que não é organizada po princípios morais e éticos e fadada ao fracasso.
Claramente em nome da boa religião, houve na história da humanidade grandes atrocidades, muito derramento de sangue. Alguns até referem que o mal da humanidade é a religião.
O sentido da religião
Como vimos anteriormente, a religião permeia a humanidade desde o inicio. Porém, é notório entendermos que sendo ela uma expressão humana de um anseio que vai além das questões terrenas.
Ela tem por fim um objetivo bem claro, a conexão do ser humano com aquilo que traga sentido e significado para sua existência. Mesmo que esse sentido não seja religioso, o ser humano busca ardentemente esse lugar de pertencimento e aceitação.
Comentei mais profundamente no artigo A crença na descrença. Talvez o livro de Tiago, seja o mais recomendado para essas questões.
Tiago traz uma objetividade em abordar assuntos cotidianos da vida dos cristãos, seja sobre o domínio da língua, boas obras e a tão aclamada religião.
É interessante notar que Tiago pondera a religião em duas categorias, uma como sendo verdadeira e a outra como falsa.
Verdadeira religião
A religião verdadeira traz alguns aspectos importantes para notarmos e como forasteiros nesse mundo, devemos resplandecer a glória de Deus através do nosso modo de viver.
A prática da verdadeira religião tem a ver com nossa cosmovisão e como compreendemos as verdades biblícas. Alguns traços da verdadeira religião:
- Alegria e paciência em meio às provações;
- Fé constante;
- Suporta a tentação;
- Abandona toda a maldade;
- Justiça social.
Um dos pontos mais importantes de responsabilidade da verdadeira religião é a responsabilidade social. Obras sociais sempre foram parte do evangelicalismo, mas nunca foram o tema central da mensagem do redentor.
Os que fazem tais coisas, se assemelham ao Estado com sua política assistencialista que gera somente parasitas.
Como representantes de Cristo e da boa religião devemos levar consolo e comida aos necessitados.
A justiça triunfante deve ser a marca da Igreja, numa sociedade que não sabe mais o que é a verdadeira justiça.
Falsa religião
A falsa religião se esconde atrás de legalismos e uma vida regrada nas proibições humanas. O caráter piedoso deixa de ser algo natural e torna-se superficial para aqueles que à praticam.
Eis algumas características da falsa religião:
- é negligente e indiferente;
- não estende a mão ao necessitado;
- ignora a observância bíblica;
- obediência seletiva;
- cria sua versão de Deus;
- confessa a fé, porém, não demonstra em atos de justiça.
Conclusão
Vamos praticar a verdadeira religião, trazendo justiça sobre a terra e anunciando as boas novas da salvação para o perdido.
Devemos rejeita a falsa religião que corrobora com uma visão distorcida daquilo que Deus planejou desde a eternidade: sermos um com ele.
A religião pura e imaculada para com Deus e Pai, é esta: Visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações, e guardar-se da corrupção do mundo.
Tiago 1:27
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