Tenho refletido ultimamente sobre aspectos e comportamentos que estamos criando de forma silenciosa.
Diariamente somos bombardeados com informações, redes sociais, aplicativos, e-mails e notificações.
Confesso, meu cansaço mental no final do dia é intenso, culpa do excesso de informação.
Nosso tempo é demasiadamente dinâmico e a tendência é piorar. Diversos empresários, querem o mundo cada vez mais conectado.
A pandemia reforçou de forma negativa, o excesso de trabalho, cansaço e burnout.
Mais telas, toques, sensações artificiais, pouco tato, pouco afeto.
Receio que iremos nos tornar artificiais. Perdemos a capacidade de admirar o ordinário.
Permita-me lhe perguntar: qual foi a última vez que admirou os céus? Ou parou um pouco para ver um pai brincando com seu filho?
Esquecemo-nos das bela criações, tudo tão automático. Vá por mim, ser analógico tem seus requintes.
Não se esqueça somos de carne e osso, precisamos de descanso. Necessitamos do ócio criativo, as grandes genialidades da humanidade vieram dele.
Talvez o que precisamos é um momento de reflexão, onde será que você se perdeu? A rotina, cansaço, cobranças da vida adulta afogaram aquele sonhador.
Ainda há tempo para priorizar o que importa, afinal o que te importa?
Empregos, promoções, realizações profissionais tudo tem um fim. E quando acaba o que resta é você, somente você.
Nunca se ouviu falar tanto sobre doenças mentais, como depressão, síndrome do pânico, ansiedade.
Devemos parar, o caminho por sucesso a todo custo está nos matando, uma morte lenta e diária.
Mas ainda há tempo, tomar as rédeas das nossas existências é necessário. Não estamos bem e não é sobre isso.
Estamos doentes carecendo de uma mão amiga ou talvez recostar no peito de alguém e desabar.
Em um livro que atravessa os milênios está escrito algo verdadeiro:
Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve.
Mateus 11:28-30
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