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A IA zoou a WCAG e eu concordo

Escrito a mão por Bruno Pulis

Opa, algumas semanas que não apareço por aqui. Não tive um bloqueio criativo ou algo do tipo.

Recentemente, minha avó faleceu e precisei afastar de tudo e dar atenção a família.

Foi no mesmo período que estourou a tragédia no Rio Grande do Sul. Fiquei bem mal, ainda não estou 100%, mas, como ouvi de um amigo gaúcho “A vida continua”…

Não podemos parar!

Vamos ao que interessa!


Semana passada, estava conversando com minha esposa sobre a relação da IA com acessibilidade.

Brinquei com ela, “amor pede para o chat GPT fazer uma piada com a WCAG”.

Não é que o danado, criou uma que ri demais, foi a seguinte:

WCAG: O código de conduta online que é mais complicado do que entender o final de um filme do Christopher Nolan.

Só quem já viu Interestelar ou Tenent, sabe da dificuldade que é GPT ironizou…

Após rir, fiquei pensando nessa frase. E cara faz muito sentido, para quem nunca viu a WCAG é um documento em primeiro momento: complicado, extenso e chato.

Por isso toda documentação deve ser:

  • bem organizada;
  • com linguagem clara;
  • objetiva;
  • pensada no usuário.

Gosto muito da documentação do Cypress, ela é intuitiva e bem prática sem enrolação. E a WCAG, nesse quesito, falha miseravelmente.

Mas nem tudo está perdido meus amigos, a W3C está unindo esforços para mudar radicalmente a WCAG em sua nova versão a 3.

Mudança do nome

O nome das WCAG 3 é diferente das anteriores:

  • WCAG 3 é W3C Accessibility Guidelines;
  • WCAG 2 é Web Content Accessibility Guidelines.

Esse novo nome foi escolhido pela ampla familiaridade com o acrônimo “WCAG” e para abranger um público mais amplo indo além do “conteúdo”.

Objetivos

Ela tem alguns objetivos claros, como:

  • Ser mais fácil de entender;
  • Abranger mais necessidades dos usuários, incluindo mais necessidades de pessoas com deficiências cognitivas;
  • Ser flexível para atender a diferentes tipos de conteúdo da Web, aplicativos, ferramentas e organizações.

Ela possui grandes semelhanças e diferenças com as versões anteriores.

Semelhanças

  • fornecer orientação para tornar o conteúdo da Web e os aplicativos acessíveis a pessoas com deficiências;
  • requisitos fundamentais e específicos de acessibilidade.

Diferenças

  • estrutura diferente;
  • modelo de conformidade diferente;
  • escopo mais amplo, além do conteúdo da Web.

Sua Estrutura

Na versão preliminar que pode ser alterada ainda, existem:

  • Diretrizes
    • Soluções para problemas de acessibilidade;
    • Mais granular do que as diretrizes das WCAG 2;
    • Cada diretriz tem resultados.
  • Resultados
    • Declarações verificáveis;
    • Semelhante aos critérios de sucesso das WCAG 2;
    • Focados em resultados esperados do que os meios técnicos para alcançá-los.
  • Afirmações
    • Afirmação formal de um fato, atribuída a uma pessoa ou organização
    • As asserções nas WCAG 3 afirmam que uma organização concluiu um procedimento que pode melhorar a acessibilidade
    • Exemplos de procedimentos incluem testes de usabilidade, testes de tecnologia assistiva e revisões de linguagem simples
    • As asserções são usadas quando os resultados da mesma usabilidade seriam muito diferentes entre os testadores

Material de apoio

Os materiais de apoio sofrerão grandes mudanças também, eles incluirão:

  • Métodos
    • Maneiras específicas de tecnologia para alcançar um resultado
    • Testes para o resultado
    • Semelhante às Técnicas das WCAG 2
  • Documentos de Como fazer
    • Explicam mais sobre cada diretriz, por exemplo, como ela aborda as necessidades de acessibilidade;
    • Informações para designers, desenvolvedores, pessoas iniciantes em acessibilidade;
    • Semelhante aos documentos Understanding das WCAG 2.
  • Categorias de necessidades funcionais
    • Lista categorizada de necessidades de pessoas com deficiências.

Nunca estive tão ansioso para uma nova versão da WCAG sair, isso irá dar um salto gigantesco na compreensão e utilidade do documento.

E quem sabe melhorar a saúde da web nos nossos dias.

Atualizações

Semana retrasada, gravei um vídeo explicando um dos problemas mais clássicos de acessibilidade.
O contraste é um problema sútil, mas que atrapalha muita gente (inclusive eu).

Um CSS bem estruturado pode resolver isso em um passe de mágica.

Confira o vídeo abaixo.

 

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