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Setup de automação de acessibilidade – parte 2

Dando sequência em nosso setup de automação, vamos falar sobre os testes unitários.

Testes unitários são recomendados por alguns motivos, entre eles:

  • São rápidos e baratos;
  • Não tem alto acoplamento;
  • Testam pequenas partes do software;
  • Não dependem de outros componentes.

Além dessas vantagens, podemos destacar outros benefícios:

  • Melhoria da qualidade geral da base de código;
  • Redução de duplicação e acoplamento entre módulos;
  • Facilita refatoração;
  • Aumento da segurança ao realizar modificações no código.

Estratégias de teste

Uma estratégia muito interessante para os testes unitários é o TDD.

O TDD é uma metodologia de desenvolvimento de software, sua premissa é: testar antes do código existir.

Parece papo de maluco, mas no final faz sentido.

A grande dificuldade é mudar o paradigma.

Ele tem o lema:

Escreva um teste (com falha). Depois algum código para fazê-lo passar. Garanta que o teste seja aprovado e repita para o próximo requisito.

Esse ciclo do TDD é sem fim.

E isso me deixou com a pulga atrás da orelha.

Se a acessibilidade é um processo de validação contínuo, porque não aliar os dois?

E ai que nasce o TDD focado em acessibilidade.

TDD focado em acessibilidade

Para apoiar essa jornada você pode usar algumas bibliotecas, como:

  • Testing Library;
  • jest-dom;
  • user-event.

Imagine o cenário, você precisa validar se os botões do design system recebem o foco visível quando o usuário pressiona TAB.

Com o Testing Library e as bibliotecas mencionadas o teste ficaria assim:

Com esse simples teste, validamos o cenário proposto de maneira rápida e prática.

Um ponto importante para mencionar, a Testing Library possui versões para:

Existem versões do Testing Library para diversas bibliotecas e frameworks javascript, fica a gosto do freguês.

Outra abordagem, seria usar o Cypress Component Testing.

Não importa qual a ferramenta, o objetivo do TDD é o mesmo.

Tenha em mente os seguintes pontos:

  • Identifique o componente a ser testado;
  • Escreva casos de testes descrevendo os comportamentos que não atende aos requisitos de acessibilidade;
  • Faça os testes passarem corrigindo os problemas de acessibilidade no componente.

Dica de ouro: procure as interações por teclado dos componentes, você pode extrair cenário de testes através deles.

Por exemplo, o <button>, você pode validar se ele será acionado via Space ou Enter.

As possibilidades são enormes, vale lembrar que tudo depende da taxa de cobertura dos testes.

Outro ponto importante: os testes automatizados devem andar com os manuais, além de dar um double check traz maior confiabilidade nos casos de testes.

Para finalizar, algumas dicas de cenários focados em acessibilidade para você escrever:

  • Verificar se os itens ocultos não podem ser acessados pelo teclado quando não deveriam, como num menu fechado;
  • Os menus podem ser abertos e fechados com o teclado;
  • Botões que mudam o rótulo segundo a ação do usuário;
  • Os estados e rótulos ARIA são atualizados quando um componente de caixa de combinação é aberto e os itens são filtrados.

Bons testes!

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