Chega um momento em nossa vida profissional que paramos para refletir nos passos que demos, empresas que trabalhamos e colegas que fizemos. Lembro com saudade dos meetups, eventos de uma era pré-pandemia. Troca de conhecimento e um sonho no peito: tornar a web um lugar para todos. A caminhada até aqui foi de altos e baixos, dias escuros. Perdi as contas de quantas vezes quase chutei o balde. A tal da acessibilidade dá dor de cabeça, é desconfortável e chata.
Mas, por quê?
É uma culpa compartilhada entre as faculdades e profissionais. Ambos ignoram. Lembro que tomei a decisão em focar em acessibilidade por dois motivos: resolver problemas reais e ajudar quem precisa. Com esse foco, poderia contribuir para cerca de 45 milhões de brasileiros que não possuem uma experiência na web decente. Até hoje, minha voz embarga quando lembro de um elogio de uma pessoa cega agradecendo por me importar com ele. No final das contas, não é por dinheiro, nem fama, mas por dar autonomia e mostrar que nos importamos com a dor do outro. É por se importar e dar voz àqueles que não são ouvidos e chegar no final do dia com a sensação de dever cumprido. Só eu sei o que já passei e ainda passo, mas quer saber? Vale a pena lutar por aquilo que acredito.Meu conselho para você é: lute com todas suas forças por aquilo que crê. E tenha certeza, seus esforços não serão em vão.