Muitos têm o prazer de “servir” na casa de Deus, mas será que estão com a motivação correta? Diante daquele que tudo pode e tudo vê?
Esse ciclo na Faculdade tive uma matéria sobre Missão Integral que abordou sobre ser vocacionado ou cumprir um serviço.
Existe uma diferença entre ser-fazer (vocação) e fazer-ser (ativismo), ficou complicado?
Rs eu explico.
Vocação
Todos entendemos que ser vocacionado tem a ver com o chamado de Deus e seus dons para participar da Missão de Deus na terra, é uma relação de pré-disposição natural. Eu faço algo, pois necessito, não porque almejo uma posição perante a comunidade local.
Ativismo religioso
Em contrapartida, o ativismo religioso inicia-se por incrível que pareça com uma boa intenção no coração, mas logo me recordo daquele ditado popular:
De boa intenção o inferno está cheio.
Dito Popular
A raiz maligna dele é justamente o oposto da vocação, eu faço algo para Deus para ser algo, com isso muitos têm caído nesse quesito.
Já reparou pessoas que são super ativas em suas comunidades locais, responsáveis por várias coisas, não tem um tempo para meditação e contemplação nas Escrituras? Não conseguem ter uma vida de oração eficaz, dentre outras coisas.
Elas ainda não compreenderam algo bastante simples, porém poderoso o Soberano não depende do nosso serviço, somos convidados a participar da obra redentora de Cristo.
Alguns pontos que ao observar ativistas encontramos de forma latente:
- Necessita de serviço;
- Necessita de reconhecimento humano;
- São Geralmente considerados pessoas “tops” nas comunidades por demonstrarem uma pré-disposição por fazerem muita coisa;
- Possuem uma espiritualidade rasa, sem entrar em questões profundas da fé;
- Se sentem como semi-deuses em suas posições de destaque.
O problema
Pelo fato dele ser atarefado demais, julga-se importante e uma peça insubstituível na comunidade, criando uma postura de monopólio espiritual onde as pessoas criam uma imagem que somente o ativista é o mais capacitado para tal tarefa. Sendo que Deus capacita os escolhidos para as tarefas eclesiásticas.
Além de ter uma postura orgulhosa e separatista, possuem uma capacidade absurda de influenciar novos na fé ou até mesmo pessoas “velhas na fé” com a ideia teológica totalmente errada de que quando mais trabalhamos para Deus mais somos abençoados, ora o Eterno por um acaso é escravo da criatura? Creio que não.
A Glória é minha e não darei a outrem, diz o Senhor.
O Eterno não está preocupado com a quantidade de serviço que você supostamente faz, não está preocupado quantos eventos, reuniões, células, conferências participou. Ele se preocupa unicamente com a salvação dos perdidos, a única coisa que Cristo nos pediu foi ir e fazer discípulos, afinal Deus não necessita de empregados e nem de pessoas que levantam uma bandeira de orgulho e presunção diante dEle.
SDG,
Bruno.