Fala pessoal, nesse post vou contar um pouco de como foi participar no Global Acessibility Awarenss da edição de Belo Horizonte promovido pelo IXDABH.
Objetivos do evento
O objetivo é promover conversas sobre acessibilidade com metodologias usadas no mercado ou desenvolvidas por conta própria, que promovam a acessibilidade e inclusão digital (web, softwares, celulares, etc) e pessoas com necessidades diferentes.
O Global Acessibility Awarness Day ou #GAAD2017 é um evento mundial na data de 18 de Março, sobre conscientização e promoção da Acessibilidade no meio digital.
História do evento
A ideia do GAAD começou com um post em um blog escrito pelo Joe Devon um desenvolvedor de web de Los Angeles, Jennison Asuncion, um profissional de acessibilidade de Toronto, descobriu o post do blog do Joe por acidente, através do Twitter.
Depois de ler o post, Jennison contactou Joe imediatamente e eles uniram as forças, impulsionando a respeitada e extensa network de ambos para realizar o evento.
Eventos Online
- AccessU Summit 2017
- Free AMAC
- WAG Webinar 10 Challenges and Solutions for web accessibility implementation in higher education.
Países participantes
- Belo Horizonte, Brasil
- Itália
- Estados Unidos
- Índia
- Suíça (17/05)
- Alemanha
- Austrália
- Tchecoslováquia
- África do Sul
- Dinamarca
- Holanda;
- Canadá
- Japão
- Inglaterra
- Suécia.
Acesse os locais atualizados do GAAD17
O convite
Eu entrei no grupo de IXDABH e vi sobre o evento é logo marquei minha presença. Uns dias depois, o Alan Vasconcelos me enviou um e-mail convidando para ministrar um Dojo de acessibilidade, obviamente aceitei de prontidão.
Apresentações
O Alan iniciou se apresentando e colocando em xeque o Design Universal excelente tema para se abordar nesse evento, visto que um dos conceitos mais fortes é perda do público alvo.
Logo após, fiz uma breve apresentação, comentando sobre alguns dados estatísticos da população com algum tipo de deficiência no Brasil e sobre leis federais para adequar os sites na questão da Acessibilidade.
O Dojo
Criamos duas personas para contar suas estórias sobre a dificuldade de navegação na web, possuem contextos diferente e necessidades diferentes.
O dojo se dividiu em duas etapas: análise do problema e resolução dos problemas encontrados.
Provocamos alguns erros na marcação do HTML, como por exemplo:
- retirada do atributo Lang
- ausência de atributo for nos formulários
- hierarquia de títulos de forma errônea.
A seguir, vou compartilhar as estória das personas que criamos para aplicar o teste.
Estória da Beatriz
Beatriz adora ficar de bobeira na internet. Aos 36 anos de idade, às vezes ela passa horas no Facebook, ou mesmo, lendo textões no Medium. Ela também gosta de saber o que está acontecendo com o mundo, por meio dos grandes portais de notícias como El Paìs e BBC Brasil. Ou seja, Beatriz é uma internauta típica, exceto por um detalhe: Beatriz é cega.
Sendo uma internauta experiente (sim, ela já teve um e-mail do BOL, usou internet discada e pesquisou no Cadê), Beatriz tem uma grande desenvoltura com as tecnologias assistivas como leitores de tela, teclas de atalho e até displays em Braile. Mas isso não quer dizer que sua vida na Web seja fácil. A grande parte dos sites de hoje são pesados e cheios de barreiras de acessibilidade.
Minha mão chega a doer de tanto apertar o Tab. Pra quê tanto menu, gente? Eu só quero chegar ao texto! Isso sem falar quando o texto não está estruturado corretamente:
Outro dia, eu estava com uma dúvida sobre imposto de renda e achei um site do governo com todas as instruções que eu queria. Mas aí, fui procurar o título do texto, porém só encontrava o nome do site.
Estória do Roberto
Roberto é um advogado de 61 anos que usa muito a internet para consultar leis, jurisprudências e demais casos que o auxiliam no seu trabalho. Mas, às vezes, Roberto tem muita dificuldade em clicar nos links do portal jurídico.
Fui fazer uma busca avançada e não conseguia acertar aquela “bolinha” para marcar a opção: “Buscar apenas os Decretos-lei”. Será que não dava pra ser maior?
Roberto também não fica muito satisfeito com o contraste:
Poxa… um texto cinza, em cima de uma caixa cinza-claro, não ficou legal… E que letrinha miúda é essa, gente?
Desenvolvimento
Trabalhamos em cima dessas duas estórias e analisamos e propusemos as soluções corretas, no meio do Dojo, os irmãos Fot que estavam palestrando sobre inclusividade no mercado de trabalho, desceram e participaram do Dojo conosco, um detalhe ambos são cegos, o que foi muito enriquecedor para o momento.
Eles testaram o site juntamente conosco mostrando as dificuldades que encontram no dia a dia para navegar em sites da web.
Conclusão
Para mim foi uma experiência única e enriquecedora, pois percebi que é possível tornar a web mais inclusiva e acessível a todos os públicos.